Abadas Personalizados

Para quem pensa que os Abadás Personalizados sempre existiram assim, estão bem enganados. Daquela espécie de bata branca (que mais parecia um camisolão), nos quais os negros escravos chegavam vestidos ao Brasil, até o
abada que hoje é umas das marcas registradas não só do carnaval da Bahia, mas de todo resto do país (sem contar micaretas, carnavais foras de época e blocos) existe uma enorme distância e ela fica maior ainda quando o assunto é personalizar seu abada.

Criado no carnaval de 1993, quando o líder do Asa de Águia, Durval Lelys se juntou ao designer Pedrinho da Rocha para (re)inventar uma nova fantasia para os foliões que seguissem o Bloco Eva, o abada então acabou recebendo esse nome justamente em homenagem ao famoso Mestre Sena e o próprio abada da capoeira (que herdou dos escravos). A diferença era que saia o branco e entravam o colorido do carnaval.

Hoje, o abada se tornou então um passaporte para essas festas, já que valem como o ingresso de entrada nos blocos, camarotes e trios-elétricos, O primeiro passo para personalização dos abadas aconteceu então na hora de aliviar o calor, e logo não bastava mais cortas apenas as mangas e as palavras da vez se tornaram inovação e sofisticação.

Mas não se enganem, só uma tesoura sim, já faz milagres, e quando ainda se tem em mãos fitas, flores, paetês, o limite é infinito, junto com a certeza de deixar seu “uniforme” de folião, moderno e cheio de personalidade.

Tudo é permitido na hora de personalizar seu abada, até para os homens, que já aparecem cada vez mais, não só com as mangas cortadas, mas fugindo do calor com golas em “V” e o que mais precisar para não atrapalhar a diversão.

E mesmo que a mulherada ainda tenha muito mais opções o certo mesmo é ajustar a lateral e o comprimento, assim como, já que está com a tesoura em mãos, se permitir uma ou outra ousadia, já que, o que importa é que não exista mais desculpas na hora de ir para a folia vestindo qualquer coisa.

Fique então com alguns exemplos simples e rápidos de como personalizar seu abada e deixá-lo com sua cara.